sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Mente Ilícita.

 (O nome veio do blog Mente Ilícita - extremamente bom -  que me trouxe mais inspiração para falar dela , o blog que conseguiu me devorar com as poucas palavras que carrega .Há muito tempo eu não lia nada tão bom.)


Por que ELA é proibida? Porque faz mal à saúde. Seerá mesmo? Então, por que o bacon não é proibido? Ou as anfetaminas? E, diga-se de passagem, nenhum mal sério à saúde foi comprovado. A guerra contra ELA foi motivada muito mais por fatores raciais, econômicos, políticos e morais do que por argumentos científicos. E algumas dessas razões são inconfessáveis,é claro.E disso já estamos cansados de saber ¬¬ Não é fácil falar DELA,o tema é tão carregado de ideologia e as pessoas têm convicções tão profundas sobre ELA que qualquer convite ao debate, qualquer insinuação de que estamos lidando mal com o problema já é interpretada como "apologia " e, portanto, punível com cadeia. O fato é que, apesar dessa desinformação que domina, sabe-se muito sobre ELA.

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Nas primeiras décadas do século XX, ELA era liberada,mesmo que muita gente a visse com maus olhos. Aqui no Brasil, ELA era "coisa de nego", fumada nos terreiros de candomblé para facilitar a incorporação e nos confins do país por agricultores depois do trabalho. Na Europa, ELA era associada aos imigrantes árabes e indianos e aos incômodos intelectuais boêmios. Nos Estados Unidos, quem fumava eram os cada vez mais numerosos mexicanos - meio milhão deles cruzaram o Rio Grande entre 1915 e 1930 em busca de trabalho.
Pouca gente sabia, que ELA que fornecia fumo às classes baixas tinha enorme importância econômica. Dezenas de remédios , xaropes para tosse a pílulas para dormir continham ELA. Quase toda a produção de papel usava como matéria-prima a fibra DELA, retirada do caule do pé DELA. A indústria de tecidos também dependia DELA - o tecido DELA era muito difundido, especialmente para fazer cordas, velas de barco, redes de pesca e outros produtos que exigissem um material muito resistente. A Ford estava desenvolvendo combustíveis e plásticos feitos a partir do óleo da semente DELA. As plantações DELA tomavam áreas imensas na Europa e nos Estados Unidos.
Em 1920, sob pressão de grupos religiosos protestantes, os Estados Unidos decretaram a proibição da produção e da comercialização de bebidas alcoólicas. Era a Lei Seca, que durou até 1933. Foi aí que Henry Anslinger surgiu na vida pública americana - reprimindo o tráfico de rum que vinha das Bahamas. Foi aí, também, que ELA entrou na vida de muita gente - e não só dos mexicanos. "A proibição do álcool foi o estopim para o 'boom' DELA", afirma o historiador inglês Richard Davenport-Hines, especialista na história dos narcóticos, em seu livro The Pursuit of Oblivion (A busca do esquecimento, ainda sem versão para o Brasil). "Na medida em que ficou mais difícil obter bebidas alcoólicas e elas ficaram mais caras e piores, pequenos cafés que vendiam ela começaram a proliferar", escreveu.
Nos últimos anos, os Estados Unidos também mudaram sua forma de lidar com as drogas. Dentro da tendência mundial de ver a questão mais como um problema de saúde ( isso mesmo --' )do que criminal, o país, em vez de botar na cadeia, obriga o usuário a se tratar numa clínica para dependentes. "Essa idéia é completamente equivocada", afirma o psiquiatra Dartiu Xavier, refletindo a opinião de muitos especialistas. "Primeiro porque nem todo usuário é dependente. Segundo, porque um tratamento não funciona se é compulsório - a pessoa tem que querer parar", diz. No sistema americano, quem recusa o tratamento ou o abandona vai para a cadeia. Portanto, não é uma descriminalização. "Chamo esse sistema de 'solidariedade autoritária'", diz o jurista Maierovitch. O Brasil planeja adotar o mesmo modelo.


Há possibilidades de uma mudança no tratamento DELA? "No Brasil, não é fácil", diz Maierovitch, que, enquanto era secretário nacional antidrogas do governo de Fernando Henrique Cardoso, planejou a descriminalização. "A lei hoje em vigor em Portugal foi feita em conjunto conosco, com o apoio do presidente", afirma. A idéia é que ela fosse colocada em prática ao mesmo tempo nos dois países. Segundo Maierovitch, Fernando Henrique mudou de idéia depois. O jurista afirma que há uma enorme influência americana na política de drogas brasileira. O fato é que essa questão mais tira do que dá votos e assusta os políticos - e não só aqui no Brasil. O deputado federal Fernando Gabeira, hoje no Partido dos Trabalhadores, é um dos poucos identificados com a causa da descriminalização. "Pretendo, como um primeiro passo, tentar a legalização DELA para uso médico", diz. Mas suas idéias estão longe de ser unanimidade mesmo dentro do seu partido.

No remoto caso de uma legalização da compra e da venda, haveria dois modelos possíveis. Um seria o monopólio estatal, com o governo plantando e fornecendo as drogas, para permitir um controle maior. A outra possibilidade seria o governo estabelecer as regras (composição química exigida, proibição para menores de idade, proibição para fumar e dirigir), cobrar impostos (que seriam altíssimos, inclusive para evitar que o preço caia muito com o fim do tráfico ilegal) e a iniciativa privada assumir o lucrativo negócio.

Não há no horizonte nenhum sinal de que isso esteja para acontecer, e é por isso que ajuda ao tráfico acontecerá dia-a-dia. Por ELA já fazer parte de pessoas, tem outro sentido para quem a conhece. Ela reluz a sensibilidade que o mundo precisa, então deixe a sua mente levantar vôo, faz você se sentir tão bem...

AMERICANO IDIOTA - tá isso é naturalmente clichê


Não quero ser um idiota americano.
Não quero uma nação sob a nova mídia.
E você pode ouvir o som da histeria?
A mente subliminar,fode a América.

Bem-vindo a um novo tipo de tensão.
Baseado na alienação
onde tudo não é feito para ser aprovado
Os sonhos criados pela televisão
Os quais não somos obrigados a seguir
Já nos dão razão suficiente para nos opor

Bem, talvez eu esteja fodendo a America.
Mas eu não sou parte de um grupinho ignorante
Agora todo mundo faz propaganda.
E canta junto feito um bando de paranoicos

Bem-vindo a um novo tipo de tensão.
Baseado na alienação
Onde tudo é feito para nao ser certo
Os sonhos criados pela televisão
Os quais não somos obrigados a seguir
Já nos dão razão suficiente para nos opor

Não quero ser um idiota americano
De uma nação governada pela mídia.
Onde a informação é descontrolada
E a transforma numa América Idiota

Bem-vindo a um novo tipo de tensão.
Baseado na alienação
Onde tudo é feito para nao dar certo
Os sonhos criados pela televisao
Os quais não somos obrigados a seguir
Já nos dão razão suficiente para nos opor